O Homem Mais Rico da Babilônia

Olá, amig@s!

O Homem mais Rico da Babilônia é o título de uma pequeno livro em extensão, escrito no início do século passado, nos Estados Unidos, por George Samuel Clas, e muito usado no Brasil nos cursos de MBA de Administração e Finanças pessoais, cuja função é ensinar aos alunos, por meio de narrativas, parábolas e simbologias, noções de otimização de recursos financeiros, planejamento, autoestima, dentre outras questões, visando delimitar, ainda que de forma bem inicial, um conceito de riqueza pessoal, e independência financeira.

No livro o personagem Bansir, fabricante de carruagens se questiona a todo momento o que ele tinha de errado, ou o que ele fazia de errado, pois trabalhava muito, possuía ótima freguesia, recebias relativamente bem, no entanto, no final do mês estava sempre “apertado” e, com o passar dos anos, não tinha conseguido acumular quase nada, o que o deixava triste, desanimado e preocupado com o próprio futuro e o da família.

Olhando para os vizinhos, os amigos e observando os concorrentes, que em sua opinião obtiveram, aparentemente, rápido “sucesso”, Bansir ficou propenso a tentar qualquer ato para resolver seus problemas financeiros, e obter a tão sonhada independência financeira.

Antes de qualquer atitude mais temerária, porém, e aconselhado por um amigo de nome Kobbi, Bansir resolveu procurar o Homem mais Rico da Babilônia, chamado Arkad, e pedir a ele conselhos sobre como obter melhores resultados em sua vida econômica.

​Arkad era um escriba, uma espécie de funcionário público, cuja função era documentar textos em pequenas tábuas de argila e, apesar das origens humildes, vindo de família pobre e, segundo ele, sem quaisquer possibilidades de receber herança, veio a ficar rico e trazer segurança para si e sua família. Foram estas circunstâncias, e procurando aprender o segredo para obter riquezas, que levaram Bansir até Arkad.

Dando livre interpretação à sequência narrativa, podemos dizer que Arkad foi narrando a Bansir os vários erros que cometera durante a vida até que obteve a fórmula da riqueza.

​Arkad disse a Bansir que, de início, tentou vários caminhos curtos para a riqueza. Certa ocasião, por exemplo, Arkad teria dado suas economias para Azmur, o oleiro, comprar na cidade de Tiro pedras preciosas para revender e dividirem os lucros. Qual o erro? Sendo Azmur oleiro, nada sabia de jóias, foi enganado em Tiro, e perderam tudo.

E assim, Arkad, passo após passo, foi relatando a Bansir os vários erros que cometera na vida, as improvisações nos negócios que lhe trouxeram prejuízos, os gastos com supérfluos e com outras pessoas que o impediam de acumular recursos até que, ao final, disse para Bansir: para ficar Rico só há um meio. De tudo que ganhar pague primeiro, ao menos 10%, a si mesmo, mantenha a constância dia a dia, mês a mês, ano a ano, deixe o tempo te ajudar.

Ponha as moedas de ouro obtidas para produzirem outras moedas de ouro (hoje chamaríamos isto de efeito dos juros compostos) e você verá Bansir que, ao final de algum tempo, não muito, você já estará relativamente bem economicamente e apto a obter pretendida independência financeira. Esta é, de modo bem simples, a fórmula da riqueza, concluiu Arkad, diante de um Bansir com um misto de surpresa e ânimo, pois pensou: isto eu posso fazer, e vou fazer.

Ora, pergunta-se: como estas lições de que Arkad passou para Bansir de otimização dos recursos, e o uso do tempo a nosso favor, podem nos ajudar em nossos estudos e permitir que obtenhamos sucesso em nossa tão sonhada aprovação nos concursos jurídicos?

Simples, primeiramente devemos deixar de acreditar que existem caminhos curtos para o sucesso. Devemos deixar de acreditar que ideias ligeiras, às vezes até bem intencionadas, como a de Azmur, o oleiro que foi comprar jóias para revender, possam nos proporcionar o sucesso desejado.

Por exemplo, não há vade mecum comentado ou resumo, por melhor que seja, que me permita, só por ele, e em curtíssimo tempo, frise-se, em curtíssimo espaço de tempo, obter os resultados que desejo. Hoje os concursos estão cada vez mais complexos, a exigência das provas, por sua vez, só tendem a aumentar e, portanto, temos de estar cientes de que não há atalhos fáceis para o sucesso.

Como Bansir, devemos trabalhar, estudar, sermos bons no que fazemos, mas, como Arkad, devemos otimizar nossas moedas, que no nosso caso é nosso tempo, e não acreditar em caminhos fáceis e simplificadores.

​Passeie, namore, apaixone-se, vá a festas, mas antes de tudo pague a si mesmo com um pouco do próprio tempo destinando-o aos estudos, revisões de conteúdo, com aulas, exercícios, e, ao final de algum tempo, talvez não muito, tal qual Bansir, você obterá sua independência financeira via a tão sonhada aprovação no concurso público de seus desejos.

​Pague um pouco de tempo de estudos a si mesmo, ao menos 10% do dia e do mês, multiplique isto por dias, meses ou anos, se for preciso. Mantenha a constância, acredite que não existem fórmulas mágicas, não há resumos, não há segredos ou pessoas hiperinteligentes que “cortem” caminho para o sucesso. A fórmula do segredo para o sucesso na aprovação em concursos para as carreiras jurídicas é adaptando os conselhos de Arkad: estudo constante e otimização do próprio tempo, pondo-o, em ao menos algum grau, nem que seja 10%, sempre a serviço de você mesmo.

​Arkad e Bansir eram pessoas simples, ambos de origem humilde e, mesmo assim, obtiveram, com trabalho e disposição para aprender com os erros e acertos já comprovados por muitos, a tão sonhada independência financeira.

​Ouça e medite sobre os exemplos e as lições de vida de Arkad e Bansir. Ponha você como prioridade, otimize seu tempo com você e seus estudos. Acumule de seu tempo ao menos 10% a cada dia (o que dá algo em torno de duas horas) ou mês, e a força da constância e o milagre da multiplicação do conhecimento pela repetição de aprendizados o levará ao sucesso, tenho a convicção disto.

​Bons estudos!

Ps. No youtube existem vários vídeos sobre o livro, dê uma passada por lá, e curta um pouco mais os relatos de Bansir e Arkad. Abraços.

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