Saiba como montar o seu planejamento de estudos para concursos

Algumas pessoas pensam que parar para realizar um planejamento é perda de tempo. Não percebem, entretanto, que um bom planejamento otimiza significativamente o tempo que se levaria executando determinada tarefa (assim, na verdade, um planejamento adequado te faz ganhar, e não perder tempo).

Um planejamento de estudos deve, acima de tudo, ser condizente com a sua realidade: de nada adianta elaborar um cronograma que você sabe que não vai conseguir cumprir. Metas estabelecidas e não atingidas geram enorme frustração e acabam te desestimulando a prosseguir nos estudos. Então, faça um planejamento que você possa cumprir.

Além disso, muito cuidado para, ao elaborar um planejamento de estudos, não negligenciar alguma coisa importante: o planejamento deve ser o mais abrangente possível. Isso significa que o planejamento deve incluir todas as disciplinas cobradas no concurso da carreira que é o seu foco.

Não deixe de estudar alguma disciplina simplesmente porque você não gosta: se a disciplina é cobrada no concurso, deve constar no seu cronograma.

Um erro muito comum de quem estuda para concurso é deixar de incluir, na rotina de estudos, um dos que eu chamo de 4 pilares para a aprovação: doutrina, lei seca, jurisprudência e resolução de exercícios.

Para alguns, pode parecer óbvio, mas já conheci muita gente que negligenciou um dos pilares (em razão de falsas convicções sobre o estilo das provas ou por não gostar de algum deles) e que pagou um preço alto por isso.

Também é muito importante que haja regularidade no estudo de todas as disciplinas. Não é interessante que você somente estude Direito Tributário, por exemplo, a cada 2 ou 3 meses. Eu gosto de recomendar o estudo de todas as disciplinas ao longo da semana (com uma média de duas disciplinas por dia, portanto).

Caso não seja possível para você, tente, pelo menos, fazer um ciclo de estudos quinzenal, de forma que você tenha algum contato com todas as disciplinas no prazo de 15 dias.

Outro ponto relevante é constar, no cronograma de estudos regular, independentemente de qual for a banca do concurso que você deseja prestar, o estudo de doutrina, jurisprudência (informativos e súmulas), lei seca e resolução de exercícios. “Ah, mas eu só faço concurso da banca X, e essa banca só costuma cobrar lei seca”.

E se aparecer a oportunidade de fazer um concurso interessante de outra banca, que cobra bastante jurisprudência? E se a banca que cobrava muita lei seca resolver mudar um pouco o estilo da prova, cobrando aspectos mais doutrinários? Repito o que disse no início: o planejamento precisa ser o mais abrangente possível, pois somente assim você estará preparado para toda e qualquer prova, em toda e qualquer situação.

Qual é o seu horário de melhor rendimento? Manhã, tarde ou noite? De que matérias você gosta? De que matérias você não gosta? Essas são perguntas que você precisa fazer para si mesmo antes de montar o seu cronograma de estudos. Depois de responder a essas perguntas, saiba usar as respostas a seu favor. Se você não tem um bom rendimento de manhã e não tem muita afinidade com Direito Empresarial, por exemplo, não deve colocar, no seu planejamento, o estudo de Direito Empresarial na segunda-feira de manhã, né?! Então, não esqueça: na hora de montar o seu planejamento, leve em consideração as suas afinidades e os seus horários de melhor rendimento.

É essencial deixar um horário no seu planejamento para realizar eventuais reposições. Sim, porque imprevistos acontecem e, inevitavelmente, haverá dias em que você não conseguirá cumprir o planejado. Desse modo, acho importante deixar um horário livre em algum dia da semana (gosto de chamar de “horário curinga”) para que você possa fazer a reposição de eventual matéria acumulada.

E, se você está começando agora, vá com calma! Dificilmente, você conseguirá iniciar a rotina de concurseiro estudando muitas horas por dia (salvo exceções, é claro). Por isso, planejar estudar 10 horas por dia logo no início dificilmente vai funcionar. O que conta para “vencer a corrida” não é ter uma grande velocidade de partida, mas, sim, conseguir manter uma boa velocidade durante todo o trajeto. Assim, sugiro que faça um planejamento mais “light” no início e que vá aumentando gradativamente o ritmo dos estudos.

Por fim, nunca é demais lembrar: planejar é bom, mas não é o suficiente.

Mais importante do que ter um bom planejamento é seguir um bom planejamento. Existem pessoas que planejam tudo muito bem, mas não dão a devida importância à execução daquilo que foi planejado. Muito cuidado com isso! De nada vale um planejamento que não é devidamente cumprido.

E aí? Que tal montar o seu planejamento para o segundo semestre de 2021 agora?

Um abraço,

Priscilla Holanda

Um grande abraço,
Priscilla Holanda
@priscillaholanda